segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pulsares | 16.09 | 18h


O MALG e a SaMALG têm o prazer de convidar para a primeira exposição do Grupo Pulsares realizada na cidade de Pelotas. Constituído por professores e estudantes do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Pelotas, e coordenado pela professora e curadora Neiva Bohns (IAD/ UFPel), o grupo tem como objetivo desenvolver projetos que associem a produção contemporânea em artes visuais a reflexões sobre a importância da preservação do patrimônio público de valor artístico, histórico e cultural.
Participam da mostra os jovens artistas e designers Francisco Zanetti, Tatiane Kuhn e Fabiane Luckow, que partiram de suas próprias experiências no espaço urbano do centro histórico da cidade de Pelotas para produzir trabalhos em mídia digital. O projeto educativo que acompanha a exposição será coordenado pela artista e professora Vivian Herzog, e tem como objetivos desenvolver as capacidades perceptivas e criativas de crianças, jovens e adultos, assim como a consciência da necessidade de preservação do patrimônio público.
A vernissage será em 26 de setembro, quarta-feira, às 18 horas. A exposição poderá ser visitada até 14 de outubro.

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MALG - Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo.
Rua General Osório, 725. Pelotas, RS - Brasil.
Horário de Visitação: de terças a domingos, incluindo feriados, das 10:00h às 19:00 horas.

domingo, 2 de setembro de 2007

Stela Terra | O lugar da cor | 05.09

Entre os artistas selecionados pelo Malg, está Stela Terra, que irá expor também no dia 5 de setembro, quarta-feira, juntamente com Alexandre Lettnin e Letícia Costa Gomes.
Graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pelotas, no ano de 2006, Stela destacou-se por estar entre os 30 artistas selecionados, entre 703 artistas do Brasil todo, no final do ano passado para expor no MASC em SC.
"O que proponho nos trabalhos que venho desenvolvendo é a investigação de uma possível desmaterialização da “zona de limite”, “fronteira”, um lugar de coexistências, cruzamentos entre o bidimensional, tridimensional e o domínio do espaço pela cor-luz, que faz o corpo do suporte/superfície requisitar os espaços da parede, onde a cor possa atuar como elemento determinante da obra, através do que chamo de transbordamento da cor-luz.
Crio suportes específicos, torno-os ativos por sua relação exercida com uma substância imaterial, incorpórea e imperceptível - a luz. O suporte de madeira pintado recebe a incidência da luz que se projeta sobre o plano da parede como suporte ampliado e deixa evidente a existência da cor-luz.
Meu interesse pela luz se dá por sua presença silenciosa. Ela está tão presente em nosso ambiente que a banalizamos, deixamos de pensá-la como presença.
Testo os limites de sutilezas da incidência da luz que revelam as cores e a apresentação das formas, em várias possibilidades, através de suportes que, ao mesmo tempo em que a abrigam, a manifestam numa relação particular também com a luz ambiente, assim como com o espaço do entorno da obra."

Stela Terra

Alexandre Lettnin | Ranhuras do Sensível | 05-09

"Através do uso da técnica da xilogravura, com sua economia de meios, encontrei a possibilidade de reorganizar as imagens que tenho “recolhido” do plano real. Trata-se de fragmentos visuais, impregnados em minha alma pela estética da cidade, que vou “colecionando” e gravando em pedaços de madeira, para logo serem re-organizados no ato da impressão - momento em que utilizo a repetição, a justaposição e o rebatimento de matrizes como elemento fundamental para a elaboração das imagens - acrescentando um novo conceito para cada obra. A característica natural de maleabilidade da madeira e a organicidade presente em seus veios também justifica a minha preferência pela técnica xilográfica que, me põe a procura dos diversos tipos de material a serem aproveitados em virtude das marcas que estes deixarão impressas no papel. Por este proceder acabo me aproximando daquilo que Claude Lévi-Strauss chamava de ciência do bricolage, “é sabido que o artista tem, ao mesmo tempo, algo do cientista e do bricoleur : com meios artesanais, ele elabora um objeto material que é também um objeto de conhecimento”. O manuseio com os materiais me ajuda a pensar, cada pedaço de tábua conta uma história através de suas ranhuras o que, somado à observação cuidadosa do meu entorno, me permitem a partir do mundo sensível, agir no mundo das idéias."

Alexandre Lettnin